Com 30 anos de carreira na mesma empresa -o laboratório de análises clínicas Fleury-, a biomédica Tisuko Tatani pode ser considerada um exemplo de sucesso. Formada em 1974 pela Escola Paulista de Medicina (atual Universidade Federal de São Paulo), Tisuko, que é apaixonada pela biomedicina, diz que a carreira exige concentração e precisão. Ela afirma que o biomédico tem que gostar muito do que faz e tem que estar preparado para as adptações e mudanças tão freqüentes no dia-a-dia. Leia abaixo trechos da entrevista concedida ao G1 por telefone:
G1 - Por que a senhora resolveu estudar biomedicina? Onde se formou?
Tisuko Tatani - Na época do colegial, sempre gostei muito de biologia. Quando fui prestar vestibular, fiquei em dúvida sobre as duas carreiras e procurei me informar sobre cada uma delas. Embora ainda fosse um curso muito recente, optei por biomedicina porque a carreira era mais direcionada para pesquisa e área laboratorial -que era o que eu realmente mais gostava. Passei no vestibular e me formei em 1974 na antiga Escola Paulista de Medicina [atual Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)].
G1 - O curso era exatamente o que a senhora pensava?
Tisuko - A faculdade era exatamente como eu pensava. Não tive nenhuma dificuldade de adaptação. A única coisa ruim é que o curso era em período integral e eu não podia trabalhar. Por isso, fiz estágio na própria faculdade, na área de imunologia. Assim que me formei, arrumei emprego no Fleury, onde estou até hoje.
G1 - O Fleury foi seu primeiro emprego? Como foi que a senhora entrou na empresa?
Tisuko - Sim, trabalho no Fleury há 30 anos, desde que me formei. Na época não foi tão complicado arrumar emprego aqui [no Fleury]. Eu fazia estágio na faculdade e um dos médicos que trabalhavam comigo também trabalhava no laboratório. Conversei com ele sobre a possibilidade de uma vaga na empresa e ele me trouxe para cá. De fato, acho que tive muita sorte porque o mercado de trabalho é muito competitivo.
G1 - Por que a senhora resolveu estudar biomedicina? Onde se formou?
Tisuko Tatani - Na época do colegial, sempre gostei muito de biologia. Quando fui prestar vestibular, fiquei em dúvida sobre as duas carreiras e procurei me informar sobre cada uma delas. Embora ainda fosse um curso muito recente, optei por biomedicina porque a carreira era mais direcionada para pesquisa e área laboratorial -que era o que eu realmente mais gostava. Passei no vestibular e me formei em 1974 na antiga Escola Paulista de Medicina [atual Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)].
G1 - O curso era exatamente o que a senhora pensava?
Tisuko - A faculdade era exatamente como eu pensava. Não tive nenhuma dificuldade de adaptação. A única coisa ruim é que o curso era em período integral e eu não podia trabalhar. Por isso, fiz estágio na própria faculdade, na área de imunologia. Assim que me formei, arrumei emprego no Fleury, onde estou até hoje.
G1 - O Fleury foi seu primeiro emprego? Como foi que a senhora entrou na empresa?
Tisuko - Sim, trabalho no Fleury há 30 anos, desde que me formei. Na época não foi tão complicado arrumar emprego aqui [no Fleury]. Eu fazia estágio na faculdade e um dos médicos que trabalhavam comigo também trabalhava no laboratório. Conversei com ele sobre a possibilidade de uma vaga na empresa e ele me trouxe para cá. De fato, acho que tive muita sorte porque o mercado de trabalho é muito competitivo.
G1 - Como a senhora definiria o dia-a-dia de um biomédico dentro de um laboratório de análises clínicas deste porte?
Tisuko - No começo da minha carreira tudo era novidade, por isso tive que aprender de tudo. Hoje em dia, depois de 30 anos, a gente tem mais facilidade para analisar os resultados e tem muito mais coisas para fazer. O dia-a-dia é bastante corrido, tem muita cobrança, temos que apresentar os resultados das análises clínicas [sorologias, exames de fezes, de sangue, testes de paternidade, etc] com muita precisão. Não podemos errar porque estamos lidando com a vida e com a saúde de outra pessoa.
G1 - A senhora já cometeu algum erro? Se sim, qual?
Tisuko - Já errei, claro. Todo mundo erra, nós não somos perfeitos. Mas, no meu caso, eu percebi o erro antes de entregar o resultado para o cliente. Nem me lembro direito o que era. Só lembro que eu refiz toda a análise clínica e corrigi a falha. Depois procurei entender onde e por que eu tinha errado. O problema maior é que quando ocorre um erro você precisa refazer o trabalho inteiro e perde muito tempo. Por isso, o biomédico tem que ser um profissional muito concentrado.
G1 - Em seus 30 anos de carreira dentro do Fleury, qual foi o momento mais marcante?
Tisuko - Foram vários momentos marcantes e importantes. Eu vi o Fleury começar a trabalhar com biologia molecular, por exemplo. Era uma novidade muito grande você fazer testes de paternidade a partir do DNA ou fazer análises de casos de anemia falciforme, por exemplo. Eu não tinha conhecimento nessa área e aprendi muito. Acho que o avanço nos testes envolvendo biologia molecular foi um grande marco.G1 - Qual a sua avaliação do mercado de trabalho? Está muito competitivo? Tem emprego para todo mundo?
Tisuko - Emprego eu sei que está difícil em qualquer carreira, para qualquer profissional. A pesquisa no Brasil também é muito difícil [essa é uma das principais áreas de atuação do biomédico]. É preciso gostar muito da profissão para conseguir se encaixar no mercado de trabalho.
G1 - Na sua opinião, quais características um profissional tem que ter para se dar bem no mercado? E quais dicas a senhora daria para quem quer ser biomédico? Tisuko - Em primeiro lugar, tem que gostar muito do que faz e procurar sempre querer saber mais. Também acho que tem que saber o mínimo da língua inglesa. O profissional tem que estar preparado para as adaptações e mudanças que ocorrem todos os dias. A pressão no dia-a-dia é muito difícil. Também sugiro que as pessoas que querem seguir essa carreira procurem profissionais que já atuam na área para tirar dúvidas sobre a profissão e se informar melhor
Tisuko - No começo da minha carreira tudo era novidade, por isso tive que aprender de tudo. Hoje em dia, depois de 30 anos, a gente tem mais facilidade para analisar os resultados e tem muito mais coisas para fazer. O dia-a-dia é bastante corrido, tem muita cobrança, temos que apresentar os resultados das análises clínicas [sorologias, exames de fezes, de sangue, testes de paternidade, etc] com muita precisão. Não podemos errar porque estamos lidando com a vida e com a saúde de outra pessoa.
G1 - A senhora já cometeu algum erro? Se sim, qual?
Tisuko - Já errei, claro. Todo mundo erra, nós não somos perfeitos. Mas, no meu caso, eu percebi o erro antes de entregar o resultado para o cliente. Nem me lembro direito o que era. Só lembro que eu refiz toda a análise clínica e corrigi a falha. Depois procurei entender onde e por que eu tinha errado. O problema maior é que quando ocorre um erro você precisa refazer o trabalho inteiro e perde muito tempo. Por isso, o biomédico tem que ser um profissional muito concentrado.
G1 - Em seus 30 anos de carreira dentro do Fleury, qual foi o momento mais marcante?
Tisuko - Foram vários momentos marcantes e importantes. Eu vi o Fleury começar a trabalhar com biologia molecular, por exemplo. Era uma novidade muito grande você fazer testes de paternidade a partir do DNA ou fazer análises de casos de anemia falciforme, por exemplo. Eu não tinha conhecimento nessa área e aprendi muito. Acho que o avanço nos testes envolvendo biologia molecular foi um grande marco.G1 - Qual a sua avaliação do mercado de trabalho? Está muito competitivo? Tem emprego para todo mundo?
Tisuko - Emprego eu sei que está difícil em qualquer carreira, para qualquer profissional. A pesquisa no Brasil também é muito difícil [essa é uma das principais áreas de atuação do biomédico]. É preciso gostar muito da profissão para conseguir se encaixar no mercado de trabalho.
G1 - Na sua opinião, quais características um profissional tem que ter para se dar bem no mercado? E quais dicas a senhora daria para quem quer ser biomédico? Tisuko - Em primeiro lugar, tem que gostar muito do que faz e procurar sempre querer saber mais. Também acho que tem que saber o mínimo da língua inglesa. O profissional tem que estar preparado para as adaptações e mudanças que ocorrem todos os dias. A pressão no dia-a-dia é muito difícil. Também sugiro que as pessoas que querem seguir essa carreira procurem profissionais que já atuam na área para tirar dúvidas sobre a profissão e se informar melhor
Fonte: Fernanda Bassette Do G1, em São Paulo
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