Origem da profissão

A Biomedicina completou
40 anos de existência no
Brasil em 2006. O curso
sofreu diversas modificações
curriculares, ampliando suas
habilitações e propiciando
uma melhor qualificação a
seus profissionais.

Tudo começou em novembro de 1950. Nasegunda reunião anual da Sociedade Brasileirapara Progresso da Ciência, realizada em Curitiba, foram apresentadas pelo prof. LealPrado, as idéias básicas que deveriam orientar os cursos de graduação e pós-graduação em Ciências Biomédicas (Cf. Ciência e Cultura 2,237, 1950).

No mês seguinte, foi convocada uma reunião pelos profs. Leal Prado de
Carvalho e Ribeiro do Vale, para discutir o assunto e da qual participaram representantes da Escola Paulista de Medicina, da Universidade de São Paulo, do Instituto Butantan e do Instituto Biológico. O objetivo do curso de Biomedicina era a formação de profissionais Biomédicos para atuar como docentes especializados nas disciplinas básicas das escolas de Medicina e de Odontologia, bem como de pesquisadores científicos nas áreas de ciências básicas, e com conhecimentos suficientes para auxiliar pesquisas nas áreas de ciências aplicadas.

 


Com a federalização da Escola Paulista de Medicina (EPM) e com a entrada em vigor da Lei 4024 de 1961, que estabelecia as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Regimento da Escola Paulista de Medicina foi modificado, sendo aprovado pelo então Conselho Federal de Educação em 8 de julho de 1965. Neste novo regimento previa-se, no capítulo III, a organização de um curso de Graduação Biomédica e, no capítulo IV, que trata dos cursos de pós-graduação, estabelecia-se a criação do curso de doutorado em Ciências Biomédicas, não somente para os graduados em Ciências Biomédicas, como para egressos de outros cursos de graduação, a juízo do Conselho Departamental da instituição.


Partindo da convicção de que existia um mercado nacional para tais especialistas, o Conselho Departamental da EPM tratou de obter condições para colocar em funcionamento  o curso de graduação, o de mestrado e o de
doutorado em Ciências Biomédicas, que, em linhas gerais, se destinaria à preparação de especialistas, pesquisadores e docentes neste campo das ciências.


Terminada a 4ª série do curso de graduação, o aluno poderia seguir carreira não universitária, trabalhando em indústrias de fermentação, alimentação, farmacêutica, laboratórios de análises biológicas e de controle biológico, institutos biológicos e laboratórios de anatomia patológica.


Por meio do Parecer nº 571/66 do extito Conselho Federal de Educação, estabeleceu-se o mínimo de conteúdo e de duração dos  currículos de bacharelado em Ciências Biológicas – Modalidade Médica, exigíveis para
admissão aos cursos de mestrado e doutorado no mesmo campo de conhecimento, a serem credenciados por este órgão. De acordo com este Parecer, ficaram determinadas as atividades nos trabalhos laboratoriais aplicados à Medicina, existindo, de outra parte, amplo mercado de trabalho para pessoal cuja formação inclua sólida base científica, que tivesse o comportamento e espírito crítico amadurecidos, de preferência no convívio universitário, e que pretendesse dedicar-se à realização de tarefas laboratoriais vinculadas às atividades médicas.

A aparelhagem necessária a essas tarefas se tornou cada vez mais complexa, e a sua substituição por equipamento mais aperfeiçoado ocorreu ao fim de prazos cada vez menores. Os encarregados desses trabalhos, por isso mesmo, não poderiam ser simples operadores que desconhecessem os fundamentos  científicos do que estavam realizando. Para a formação de pessoal com essas características, o extinto Conselho Federal de Educação
atendeu à solicitação de várias escolas médicas do país, fixando no Parecer nº 571/66 e, posteriormente, no Parecer nº 107/70, de 4 de fevereiro, os mínimos de conteúdo e de duração dos cursos de bacharelado em
Ciências Biológicas - Modalidade Médica.

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