Cientistas brasileiros testam o uso de células-tronco contra cegueira


O uso de células-tronco pode ser uma esperança para o tratamento de problemas graves de visão, como a retinose pigmentar, que leva à cegueira. Médicos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e do Hemocentro da Universidade de São Paulo (USP) realizaram o procedimento em três pacientes, e outros dois estão sendo preparados, informa o repórter Antônio Marinho na edição desta quinta-feira do Globo. Se der certo para retinose pigmentar - estima-se que no Brasil 40 mil pessoas sofrem desse mal -, o tratamento poderá ser testado em outras doenças, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e a retinopatia por diabetes



A retinose pigmentar é hereditária e atinge um em cada cinco mil a sete mil recém-nascidos. E se manifesta até os 20 anos de idade. Hoje inexiste tratamento para impedir a degeneração progressiva da retina e a grave perda de visão. Daí a ideia de retirar as células da própria medula óssea desses pacientes, que em seguida foram processadas no Hemocentro e injetadas no vítreo do globo ocular (líquido gelatinoso na retina).
Uma vantagem de usar as células-tronco do próprio indivíduo é que não há rejeição. A retina transforma os estímulos luminosos, a imagem, em impulsos nervosos, que são enviados para o cérebro através do nervo óptico. A expectativa dos médicos da USP é que as células-tronco injetadas liberem substâncias que favoreçam o funcionamento da retina, ajudando a recuperar parte da visão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Top Semanal